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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

tendência das passarelas para 2011

A 17ª edição do São Paulo Fashion Week foi marcada por inspirações diversas que sinalizam um verão onde o destaque é o estilo individual de vestir. De estampas étnicas às geométricas, entre flores, transparências, silhueta sessentista e referências vindas da arte abstrata, têm moda para agradar a todos os gostos.
Veja quais são as nossas apostas para a próxima estação.



Étnico, multiculturalismo e regionalismo

Marcelo Soubhia
Amapô e Movimento
Os habitantes do Butão e do Marrocos. A imagem do Brasil registrada por viajantes do século XIX e recentemente pelas lentes da fotógrafa Anna Mariani. As pueris fachadas das casas populares e os exuberantes patrimônios da humanidade. O Nordeste. O universo nômade dos ciganos. Tudo isso apareceu nas passarelas do São Paulo Fashion Week que anuncia um verão étnico, pluricultural e ao mesmo tempo regional. Algumas regras são a riqueza de estampas, os tons terrosos, tecidos de fibras naturais, mix de texturas. A ideia foi reforçada por acessórios característicos que revelam o que há de melhor na identidade plural de diferentes culturas.
Silhueta dos anos 60

Marcelo Soubhia
Reinaldo Lourenço e Triton
Cortes retos e comprimentos diminutos em saias e vestidos marcam uma silhueta sessentista em vários desfiles da temporada. Tufi Duek trouxe um pouco da estética de um futurismo-retrô misturado a uma geometria minimalista. Reinaldo Lourenço brincou com o glamour próprio de peças da alta-costura da época. E a Colcci propôs em parte da sua coleção um resgate ilusionista do tema em silhuetas de formas clean.
Esportivo

Marcelo Soubhia
Neon e Reserva
O esporte continua sendo referência na próxima estação. A Neon, que teve como tema o universo do surf e esportes náuticos, abusou do neoprene - que deu o tom da modelagem próxima ao corpo - , plástico e vinil transparentes que deram forma a vestidos, saias e casacos, além de estampas e detalhes que remetiam ao tema. Já a Reserva foi buscar no streetwear da Califórinia da década de 70 a inspiração para sua coleção. Nylon e tricô feito com tramas de neoprene deram versatilidade às peças, assim como a Ellus, que abusou de tecidos tecnológicos para mostrar o universo das praias do Havaí.

Transparência

Marcelo Soubhia
Ana Salazar e Wilson Ranieri
A sensualidade e a leveza da transparência dão o tom de um verão de muita pele a mostra. Tule, seda e gaze foram usadas com sobreposições diversas nos desfiles da Osklen e da Cavalera, deram forma em vestidos e camisas ou foram aplicadas em detalhes pontuais nos desfile da Amapô. E ainda deram uma sensualidade sutil e feminina à coleção sofisticada de Wilson Ranieri e de Ana Salazar.

Flores


Marcelo Soubhia
Erika Ikezili e Simone Nunes
As flores são o pano de fundo do verão 2011. Seja em folhagens, hibiscus havaianos, em traços abstratos ou em formas miúdas, as opções são as mais diversas possíveis. Contracultura e tropicalismo foram a inspiração na coleção de Simone Nunes, enquanto na Cori vestidos e saias fluidas ganharam florais botânicos.

Arte e abstracionismo

Marcelo Soubhia
Alexandre Herchcovitch e Lino Villaventura
A moda, sempre flertando com diferentes movimentos artísticos, foi buscar inspiração em Mark Rothko, op-art, ilusionismo pop e art déco para o verão 2011. Herchcovitch traduziu o expressionismo abstrato norte-americano em blocos de cores e manchas de tintas, e mergulhou numa espécie de new age futurista que deu forma a estampas quadriculadas que lembravam o desenho de pixels. Lino brincou com os efeitos ópticos, patchwork de tecidos e formas sanfonadas e linhas assimétricas.

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