A 17ª edição do São Paulo Fashion Week foi marcada por inspirações
diversas que sinalizam um verão onde o destaque é o estilo individual de
vestir. De estampas étnicas às geométricas, entre flores,
transparências, silhueta sessentista e referências vindas da arte
abstrata, têm moda para agradar a todos os gostos.
Veja quais são as nossas apostas para a próxima estação.
Étnico, multiculturalismo e regionalismo
Amapô e Movimento
Os
habitantes do Butão e do Marrocos. A imagem do Brasil registrada por
viajantes do século XIX e recentemente pelas lentes da fotógrafa Anna
Mariani. As pueris fachadas das casas populares e os exuberantes
patrimônios da humanidade. O Nordeste. O universo nômade dos ciganos.
Tudo isso apareceu nas passarelas do São Paulo Fashion Week que anuncia
um verão étnico, pluricultural e ao mesmo tempo regional. Algumas regras
são a riqueza de estampas, os tons terrosos, tecidos de fibras
naturais, mix de texturas. A ideia foi reforçada por acessórios
característicos que revelam o que há de melhor na identidade plural de
diferentes culturas.
Silhueta dos anos 60
Reinaldo Lourenço e Triton
Cortes
retos e comprimentos diminutos em saias e vestidos marcam uma silhueta
sessentista em vários desfiles da temporada. Tufi Duek trouxe um pouco
da estética de um futurismo-retrô misturado a uma geometria minimalista.
Reinaldo Lourenço brincou com o glamour próprio de peças da
alta-costura da época. E a Colcci propôs em parte da sua coleção um
resgate ilusionista do tema em silhuetas de formas clean.
Esportivo
Neon e Reserva
O
esporte continua sendo referência na próxima estação. A Neon, que teve
como tema o universo do surf e esportes náuticos, abusou do neoprene -
que deu o tom da modelagem próxima ao corpo - , plástico e vinil
transparentes que deram forma a vestidos, saias e casacos, além de
estampas e detalhes que remetiam ao tema. Já a Reserva foi buscar no
streetwear da Califórinia da década de 70 a inspiração para sua coleção.
Nylon e tricô feito com tramas de neoprene deram versatilidade às
peças, assim como a Ellus, que abusou de tecidos tecnológicos para
mostrar o universo das praias do Havaí.
Transparência
Ana Salazar e Wilson Ranieri
A
sensualidade e a leveza da transparência dão o tom de um verão de muita
pele a mostra. Tule, seda e gaze foram usadas com sobreposições
diversas nos desfiles da Osklen e da Cavalera, deram forma em vestidos e
camisas ou foram aplicadas em detalhes pontuais nos desfile da Amapô. E
ainda deram uma sensualidade sutil e feminina à coleção sofisticada de
Wilson Ranieri e de Ana Salazar.
Flores
Erika Ikezili e Simone Nunes
As
flores são o pano de fundo do verão 2011. Seja em folhagens, hibiscus
havaianos, em traços abstratos ou em formas miúdas, as opções são as
mais diversas possíveis. Contracultura e tropicalismo foram a inspiração
na coleção de Simone Nunes, enquanto na Cori vestidos e saias fluidas
ganharam florais botânicos.
Arte e abstracionismo
Alexandre Herchcovitch e Lino Villaventura
A
moda, sempre flertando com diferentes movimentos artísticos, foi buscar
inspiração em Mark Rothko, op-art, ilusionismo pop e art déco para o
verão 2011. Herchcovitch traduziu o expressionismo abstrato
norte-americano em blocos de cores e manchas de tintas, e mergulhou numa
espécie de new age futurista que deu forma a estampas quadriculadas que
lembravam o desenho de pixels. Lino brincou com os efeitos ópticos,
patchwork de tecidos e formas sanfonadas e linhas assimétricas.
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